2014-05-18 18:38:23 +0000 2014-05-18 18:38:23 +0000
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Ser-lhe-á recusada a entrada com um passaporte completo?

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A minha pergunta foi desencadeada por Como é que decido se devo preocupar-me em ter páginas em branco suficientes no meu passaporte? A questão é bastante simples.

O que acontece numa fronteira quando se precisa de um carimbo adicional, mas não se tem páginas em branco, ou mesmo nenhum espaço livre?

Por enquanto, só posso especular. Ser-lhe-á recusada a entrada e enviado de volta (será isto o pior que poderia acontecer), ou existe uma solução alternativa? Os diferentes países irão agir de forma diferente?

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Respostas (4)

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2014-05-19 09:28:25 +0000

Tenho uma resposta anedótica a esta pergunta, pois uma vez dei abrigo a um “vagabundo viajante” britânico que vinha da Austrália de boleia para o Reino Unido nos anos 70 (excepto para a viagem marítima). O indivíduo viu-se sem um tostão e desprovido de dinheiro quando chegou à Índia, mas miraculosamente encontrou alguns turistas num carro que estavam dispostos a dar-lhe boleia até ao Reino Unido. O problema ocorreu na fronteira paquistanesa, quando o funcionário da fronteira não lhe permitiu a entrada, uma vez que o seu passaporte já não tinha absolutamente nenhum espaço para um carimbo. Ele correu para o Consulado Britânico enquanto a sua boleia esperava, mas não tinha as poucas libras britânicas necessárias para novas páginas de passaporte e/ou um novo passaporte. Ele faliu, imaginando que o seu destino seria morrer em silêncio e anónimo num bairro de lata indiano. Felizmente, funcionários britânicos cederam-lhe e concederam-lhe um empréstimo de emergência para resolver a questão do passaporte, e até despacharam uma limusina do Consulado para o reunirem com a sua boleia.

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2014-05-18 19:22:03 +0000

Por experiência pessoal, posso dizer-vos que uma vez (quase) não me foi permitido embarcar num avião porque, no check-in, foi-me dito que precisava de pelo menos duas páginas vazias no meu passaporte para permitir carimbos e vistos. Isto era (e é) uma exigência do país de destino, embora tivesse pouca relevância para mim (já tinha um visto de página inteira para esse país, enquanto que os carimbos são pequenos). Foi preciso muito resmungar da minha parte para ser deixado a bordo.

É lógico que se não se puder carimbar, não se deixará entrar. Presumo que é por isso que muitos países exigem duas páginas vazias no seu passaporte, à entrada: Uma para carimbar a sua entrada, outra para carimbar a sua saída.

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2014-05-18 20:07:11 +0000
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Muitas vezes, as leis estão estruturadas de tal forma que se quer muito o carimbo de entrada ou o visto, por exemplo, colocando o ónus de provar que entrou legalmente e que não ultrapassou a sua estadia, o visitante. Assumindo que de alguma forma consegue entrar, será mais difícil provar quando e como o fez, para que possa, por exemplo, ser considerado como um visitante com todas as consequências negativas (multa, etc.).

Não tenho a certeza do que aconteceria se aparecesse na fronteira de um país como aquele sem absolutamente nenhum espaço no seu passaporte, mas a entrada é apenas o início dos seus problemas. Ainda precisa de deixar o país e/ou interagir com as autoridades locais algures no fim da linha.

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2014-05-19 09:38:17 +0000

O que acontece numa fronteira quando se precisa de um selo adicional, mas não se tem páginas vazias, ou mesmo nenhum espaço livre?

Isto depende dos procedimentos de entrada na fronteira.

Em quase todos os postos fronteiriços, o seu passaporte tem de ser carimbado; este carimbo é posteriormente verificado em múltiplos pontos de controlo. Este carimbo é a sua prova de entrada legal no país ou território. Este carimbo é exigido mesmo que possua autorização de viagem válida para o país de destino; daí que a maioria dos portos lhe negará a entrada se o seu passaporte estiver cheio.

Contudo, certos países têm procedimentos “e-gate”. Isto significa que pode atravessar a fronteira sem ter um passaporte. Em vez disso, viaja com a sua identificação de país, e os dados biométricos são digitalizados para registar a sua entrada. Obviamente, aqui não precisa de passaporte, pelo que o requisito de página livre também é discutível.

Mesmo com portas habilitadas para e-gate, é sempre recomendável levar o seu passaporte e certificar-se de que este tem páginas gratuitas. Isto é para garantir que se o e-gate estiver em manutenção, ainda é possível atravessar a imigração.

O mais popular posto fronteiriço habilitado para o e-gate onde já estive é o Aeroporto Internacional do Dubai (OMDB); onde existem faixas e-gate dedicadas que são completamente automatizadas (sem qualquer oficial de imigração).

Além disso, os cidadãos do GCC (Conselho de Cooperação do Golfo) podem viajar através dos estados membros do GCC se tiverem um cartão de identificação digital. Neste cenário, não é necessário um passaporte.

Alguns países irão oferecer-lhe um “livro de carimbos” separado se viajar frequentemente. Este livro é para se certificar de que não preenche o seu passaporte durante os trânsitos frequentes. Utilizei esse livro quando residia na Arábia Saudita e estudava no Bahrein. Precisa tanto do livro como do passaporte. O passaporte tem o visto, mas o funcionário da imigração carimbará o livro em seu lugar.

Alguns países oferecem aos seus cidadãos passaportes com páginas extra a custos nominais; pode solicitar isto no momento da renovação do passaporte.

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